Saindo dos modos automáticos, vamos começar a nos preocupar
com a exposição. A exposição correta gera imagens com melhor qualidade.
Para termos uma boa exposição, brincamos com três elementos:
ISO, Abertura e Velocidade.
A sua câmera tem uma pecinha chamada obturador, que nada
mais é do que duas “portinhas” ou cortinas que abrem para permitir a entrada da
luz. Tire uma foto olhando para dentro da lente e você perceberá o abre-fecha
do obturador. (Desligue o flash para fazer isso, ou vai ficar vendo estrelas!)
Quanto mais tempo a cortina ficar aberta, mais luz passará por ela.
Chamamos o tempo que o obturador abre e fecha de Velocidade
do Obturador (ou Tempo de Exposição). Ele é geralmente mostrado como fração de
segundos (ex: 1/60) ou somente o denominador (número pelo qual 1 segundo é
dividido) (ex: 60). A velocidade do obturador representada por 1000 é muito
maior do que a representada por 60, pois o tempo que ele fica aberto no
primeiro é 1/1000 s, e no segundo 1/60.
Fonte: Wikipédia
Mas vamos para prática:
Quanto mais lenta a velocidade, mais luz é captada. Mas nem
sempre isto é bom. Se o obturador ficar aberto muito tempo e você mexer, pode
borrar a sua foto. (Lembra do efeito do foto noturna na sua câmera, o princípio
dele é diminuir a velocidade do
obturador) .
Se você quiser fazer fotos mais congeladas, mais paradas
(ex: gotas no ar, asas de pássaros), use altas velocidades. (acima de 1/250).
Se você quiser fotos que valorizem o movimento (Ex: aquelas fotos de cachoeiras
bem leitosas) use baixas velocidades e de preferência um tripé ou apoio. Com a
velocidade bem baixa, você pode até brincar de escrever no ar com uma lanterna
a noite ou tirar aquelas fotos que deixar o rastro dos carros. (Use 1s ou 5s de
exposição)
As velocidades mais comuns são: (100km/h)15s, 8s, 4s, 2s, 1s, 1/2s,
1/4s, 1/8s, 1/15s, 1/30s, 1/60s, 1/12s, 1/250s, 1/500s, 1/1000s, 1/2000s.
As câmeras totalmente automáticas definem sozinhas a
velocidade utilizada, mas hoje temos câmeras caseiras que já nos permitem
brincar um pouco mais. Veja se a sua câmera tem um módulo chamado Shuter (S) ou
Time Value (Tv), Este módulo permite que você escolha qual a velocidade quer
utilizar e a câmera automaticamente calcula a abertura.
E agora mão na massa. Teste, tire fotos da mesma cena com
velocidades diferentes. Com quilometragem, criatividade e conhecimento do seu
equipamento você vai longe. Ou pelo menos vai ali na esquina!
1 – Parassol caseiro – As câmeras mais simples e as
superzoom não costumam ter encaixe para acessórios, como filtros e parassol,
mas você pode fazer um parassol caseiro bem simples. Prenda um pedaço de EVA
preto com uma borracha em volta da lente da câmera. (Custa menos de R$ 1,00,
seu mão de vaca.). Se você quiser tirar foto através de um vidro, por exemplo,
pode eliminar o reflexo apenas encostando o EVA neste. Caso você não tenha o
EVA na hora, envolva alente com um
pedaço de papel ou até mesmo com as mãos, encoste no vidro de forma que não
haja entrada de luz pelas laterais! Foto perfeita!
2 – Taxa de transferência do cartão de memória: hoje em
qualquer lojinha você compra um cartão de memória com milhões de GB bem
baratos, mas cuidado na hora de escolher o seu cartão. Tanto o cartão quanto a
câmera possuem Taxa de Transferência de Dados – TTD (Procure no manual da sua
câmera, está descrito lá). O TTD do seu cartão deve ser igual ou maior do que o
da câmera, senão ela perde desempenho. Exemplo: eu tinha uma câmera com
capacidade de tirar 20 fotos, duas por segundo e não entendia porque ela
acabava tirando uma foto a cada 2 ou 3 segundos ou só tirava as primeiras
fotos. Descobri que o problema não era a câmera e sim o cartão com TTD menor
que o dela.
Bons ventos!
Veja também a parte 1 e 2, a missão.
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