sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Que Parada é Esta?

Quanto mais escalamos, mais conhecimento temos sobre segurança. O dia a dia, observações, estudos e, infelizmente, acidentes vão nos ensinando.
É muito comum ouvirmos: “Eu sempre fiz assim e nunca aconteceu nada.  Por que eu tenho que fazer assado agora?” Pode ter certeza que alguma situação aconteceu ou foi identificada para gerar aquele novo procedimento. Mas a opção de utilizar ou não o novo procedimento é sempre sua, você administra o risco da sua escalada.

Mas, vamos falar um pouco da parada! "Que parada, mano?" 
Acho que a parada mais comum que vemos por aí é esta da figura abaixo:

Fonte: http://www.rockandice.com

Ela é bem segura, tem redundância, (palavrinha do dia, crianças!) porém, caso haja rompimento de uma das proteções a outra proteção é sobrecarregada, pois o mosquetão pode correr pela fita. Muita gente diz que se as proteções forem confiáveis, pode-se utilizar esta parada. O problema é: como garantir que elas são confiáveis?

A sugestão simples para diminuir este tranco é a utilização de um nó na fita, conforme a figura abaixo:

Fonte: http://klingmountainguides.com

Agora a reclamação geral, principalmente para quem utiliza as fitas mais largas, (Abram a mão, caros colegas! As fitas “fininhas” estão cada vez mais baratas! Rs) é que o nó faz uma embolação danada na fita, fica uma coisa grande, sem estática, feia, boba e chata! Bem, como estamos dando um nó com os dois lados da fita ele realmente fica grosso (se bem feito, o efeito é minimizado) e às vezes fica difícil de ser desfeito depois.

Algumas alternativas podem ser utilizadas para melhorar a estética e deixar a sua fita menos embolada:

Utilizar duas fitas menores:



Prender o mosquetão com um nó fiel:

Fonte: Petzl

Utilizar dois nós menores:
Fonte: Petzl

Uma última opção é dar um nó normal no meio da fita e passar o mosquetão em torno dele.

E este trabalho todo, como dissemos antes, pode diminuir o impacto na proteção restante caso a outra se rompa:

Fonte: Petzl

E já que estamos falando de paradas, vale lembrar:  utilize um ângulo pequeno entre as fitas para diminuir as forças nas ancoragens:

Fonte: Petzl

E vale lembrar também o que você nunca deve fazer:
Fonte: Petzl

E para finalizar, ficam as imagens de algumas paradas bizarras!



Fonte: http://alpineinstitute.blogspot.com.br/2011/09/whats-wrong-with-this-picture.html



Fonte: http://www.meetup.com/bayclimb/messages/boards/thread/5528638
Bons ventos!

Leia também: Costuras, Kit Aba, Fotografia

4 comentários:

  1. Muito bom o post. No site da DMM tem um artigo bem recente sobre o tema (http://dmmclimbing.com/knowledge/slings-at-anchors/) eu encontrei quando fui procurar um outro que falava sobre a questão de fazer nós nas fitas, nele acabam demonstrando que as fitas de nylon não são afetadas ou aumentam sua resistência quando é feito um nó nelas, mas a resistência das de Dynemma diminue bastante. Acho importante já que as segundas estão sendo cada vez mais populares (http://dmmclimbing.com/knowledge/how-to-break-nylon-dyneema-slings/).
    Abraço e buenas caídas.
    Iván

    PS: Já votei o blog para o TopBlog ;)

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    1. Muito bom o artigo, Iván. Não tinha visto este ainda. E realmente muita gente está trocando devido ao menor peso e volume. Ainda teremos um dia Fitas-denatis! rsrsrs
      E vlw pelo voto!!!!

      Abração

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  2. Acabei de assistir este sobre testes que eles fizeram justamente com paradas. Utilizaram dyneema, nylon e corda. Muito interessante tb. Abraço e buenas caídas.
    http://dmmclimbing.com/knowledge/slings-at-anchors/

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    1. Muito bom, meu camarada! Tentei anexar os vídeos aqui no blog, mas eles não permitem reprodução fora do site!
      Muito boa a contribuição!

      Abração
      Careli

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